quarta-feira, maio 17, 2023

MSX: Revista MicroSistemas 53

Neste número, um pequeno artigo sobre o padrão MSX.


O Padrão MSX

Artigo Original: Oscar Júlio Burb e Luiz Sérgio Y.Moreira, Digitação: Wilson Pilon

A criação da linha MSX representa uma verdadeira revolução no mundo da informática. Leia este artigo e fique por dentro das características desses micros, seus recursos e periféricos.

Uma das grandes atrações da V Feira Internacional de Informática foi a apresentação de microcomputadores padrão MSX por dois fabricantes nacionais: Gradiente, com o Expert, e Sharp, com o HotBit.

Este é o primeiro de uma série de artigos que têm por objetivo mostrar desde o nascimento até as principais características e inovações atuais dos micros da família MSX (Microsoft Super eXtended), incluindo dese o poderoso BASIC, da Microsoft, até os jogos, utilitários e periféricos existens no Brasil e no exterior.

O Nascimento de um Padrão

Os primeiros mircocomputadores foram criados por entusiastas da eletrônica em garagens e fundo de quintal. Naturalmente, estes pioneiros não tinhma a mínima preocupação a respeito de como os circuitos deveriam ser configurados e de como o software deveria trabalhar.

Este fato deu origem à grandes variedades de micros, hoje existentes, sendo que, na maioria dos casos, os programas que funcionam em uns não podem ser utilizados em outros (por exemplo, programas feitos para o Apple não funconam em micros TRS-80 e outros não compatíveis).

Tanto os fabricantes de micros como a softwarehouses e o consumidor saem prejudicados pela falta de um padrão único: as softwarehouses têm de fazer várias versões de um mesmo programa, uma para cada modelo, acabando por encarecer o preço de cada versão; os fabricantes correm o risco de fechar as portas se poucas softwarehouses dedicarem-se a produzir programas para seus micros. Quanto ao consumidor, para ele é repassado o custo final, sempre lembrando que o consumidor fica restrito a usar apeans os programas para a linha a qual seu micro pertence.

Tendo em vista as desavantagens da não padronização, duas empresas, a Microsoft (americana) e a ASCII (japonesa), uniram-se em joint-venture com o objetivo de criar um padrão para micros que viesse a ser adotado e vendido em larga escala.

As duas empresas conseguiram o que parecia impossível: a criação de um padrão de hardware/software para micros de 8 bits em cooperação com grandes nomes da indústria japonesa: o padrão MSX. A ordem cronológica de adesão das empresas ao padrão consta na tabela abaixo:

Empresas que aderiram ao padrão MSX

  • Canon. Japão
  • Casio Keisanki, Japão
  • Fujitsu, Japão
  • General, Japão
  • Hitachi Seisakusyo, Japão
  • Matsushita Denki (National), Japão
  • Matsushita Denki,Japão
  • Nihon Gakkiseizou (Yamaha), Japão
  • Niohn Victor (JVC), Japão
  • Philips, Holanda
  • Pioneer, Japão
  • Sanyo, Japão
  • Sharp, Japão
  • Sony, Japão
  • Spectravideo, USA
  • Toshiba, Japão
  • Mitsumi Denki, Japão
  • Daewoo, Coreia do Sul
  • Goldstar, Coreia do Sul
  • Gradiente, Brasil
  • Sharp do Brasil, Brasil

Para um computador pertencer à família MSX, ele deve respeitar as seguintes características básicas (veja também a tabela abaixo):

Características básicas do MSX

  • UCP: Z80 a 3,58 MHZ ou compatível
  • ROM: 32Kb
  • RAM: 8Kb (mínimo)
  • VRAM: 16Kb
  • Texto:  
    • 24 linhas x 40 colunas (modo 0)
    • 24 linhas x 32 colunas (modo 1)
  • Gráfico:
    • Gráfico 256x192 pontos (modo 2)
    • 64x48 pontos (modo 3)
  • Cor: 16
  • Controle de Vídeo: TMS-9128NL ou compatível
  • Gerador de Som: AY-3-8910 ou compatível
  • PPI Intel: 8255
  • Cassete: 1200/2400 bauds FSK
  • Barramento: 50 pinos
  • Impressora: Paralela, Centronics
  • Joystick: 1 (mínimo), 2 (máximo)
  • Áudio: 1 conector

Microprocessadores: O microprocessador deve ser o famoso Z80A (ou compatível) de 8 bits, acompanhado de dois outros microprocessadores: um para som (AY-3-8910 ou compatível) e outro para vídeo (TMS-9128-NL ou caompativel). O AY-3-8910 é o responsável pelos dons musicais do MSX, com as seguintes características: três canais de som, um canal de ruído para efeitos especiais, oito envoltórias e ajuste do volume em 16 níveis.

Já o TMS-9128-NL fornece quatro tipos de tela, com 16 cores cada: duas telas de texto (40x24 e 32x24) e duas telas gráficas (256x192 e 64x48), incluindo o uso de sprites em 32 planos (sprites são figuras coloridas que o usuário cria em vários planos).

Linguagens: A linguagem de programação deve ser o BASIC da Microsoft. Este BASIC ocupa 32 Kb de ROM e será discutido por nós, em detalhes, futuramente.

Disco flexível: A formatação do disco deve ser compatível com o sitema operacional MS-DOS da Microsoft. Este sistema operacional é utilizado na mior parte dos micros de 16 bits, como o IBM-PC, por exemplo.

Joystick: Um no mínimo e no máximo dois

Impressora: Deve ser paralela, de padrão Centronics

Gravador Cassete: A trasmissão de dados deve ocorrer a 1200 ou 2400 bauds, sendo realizada pelo padrão FSK. Também deve existir controle sobre o motor do gravador (liga/desliga) a partir do micro.

Slot: Deve haver pelo menos um slot externo para conexões com periféricos (unidade de disco flexível, cartuchos com programas, etc.).

Saída de Áudio: um conector.

Note-se que os mircos do padrão MSX possuem recursos gráficos e sonoros de alto nível, sendo também os mais rápidos dos micros de 8 bits (devido aos três microprocessadores, os MSX podem realizar simultaneamente tarefas como tocar música, fazer animação gráfica e ainda ter a UCP livre para, por exemplo, por exemplo, realizar cálculos e executar programas).

Processador de Vídeo

O processador de vídeo, também chamado de VDP (Video Display Processor), é um dos pontos fortes do MSX, responsável pela simplicidade com que se criam e manipulam imagens coloridas.

Graças ao VDP, o usuário pode criar até 256 figuras de 8x8 pontos ou até 64 figuras de 16x16 pontos. Essas figuras são chamadas sprites, os quais podem ser colocados em 32 planos diferentes (com um total de 16 cores a escolher).

É possível, além disso, movimentar os sprites, criando um efeito especial de sobreposição, ou seja, os sprites dos planos posteriores (mais fundos) passam por trás dos sprites dos primeiros planos.

Criando-se um sprite, é permitida sua colocação simultânea em vários planos, cada qual com uma coordenada própria. Complementando, ao ocorrer a colisão de dois sprites, o VDP gera um interrupção que pode ser detectada com o uso de um comando do BASIC. Tais recursos são importantes na criação de jogos e animação.

Outras facilidades são o uso de sprites numa tela de texto, a possibilidade de uso do comando PRINT para escrever em tela gráfica com as 16 cores existentes (ver tabela abaixo), etc..

Em termos de comparação, o Apple, que é o micro que mais se aproxima dos MSX, oferece apenas seis cores em alta resolução, não possui sprites nem planos de imagens e nele a criação de figuras (shapes) é muito mais trabalhosa. Logo abaixo você pode ver um jogo que se utiliza do recurso dos sprites.

Tabela de cores do MSX

  •  0, transparente
  •  1, preto
  •  2, verde
  •  3, verde claro
  •  4, azul escuro
  •  5, azul claro
  •  6, vermelho escuro
  •  7, azul celeste
  •  8, vermelho
  •  9, vermelho claro
  • 10, amarelo escuro
  • 11, amarelo claro
  • 12, verde escuro
  • 13, magenta
  • 14, cinza
  • 15, branco

Jogo usando SPRITE

O Processador de Som

O processador de som, também conhecido por PSG (Programmable Sound Generator), é outro importante componente do espetáculo MSX, capacitando o usuário a criar efeitos sonoros e música incríveis através de seus três canais independentes de som (e mais um para ruído).

São tantas as possibilidades que o PSG oferece que vamos tratá-la por etapas:

Volume: O volume de cada canal pode ser controlado independentemente, através do BASIC, em 16 intensidades diferentes. Isto permite que um canal toque uma música, enquanto é acompanhado ao fundo pelos outros dois canais. Como você faria para realizar esta proeza nos outros micros existentes no mercado?

Formas de Onda: Além de controlar o volume, você pode fixar o formato das ondas sonoras, conseguindo assim sons de instrumentos como piano, órgão, flauta andina, celesta, banjo, etc.. Ao todo existem dez formatos de ondas diferentes, todos acessados pelo comando PLAY do BASIC (observe imagem abaixo)

Canal de Ruído: Também usado para incrementar os efeitos sonoros, este canal gera ruído branco (algo parecido com o chiado de uma TV fora do ar) com frequência controlável. Este som pode ser mixado independentemente, com qualquer dos três canais. Com o auxílio do canal de ruídos, pode-se gerar sons tais como os de helicópteros, explosões, turbinas, flauta andina, etc..

O BASIC permite ainda que se controle o período de execução da música (em notas/minuto), a duração de cada nota, o controle de pausas e que se especifique as notas musicais num total de oito oitavas.

Lembre-se que ao mesmo tempo que você realiza uma animação com o VDP, o PSG pode estar executando uma música, e o Z80 realizando operações variadas.

Periféricos

Desde que o fabricante respeite as características básicas do padrão MSX, ele também pode acrescentar elementos adicionais ao seu micro.

O número de periféricos existentes para o MSX é enorme, entre eles estão: teclados de órgão eletrônico, caneta ótica, unidades de disco flexível de 3 1/2", 5 1/4" e 8", monitores monocromáticos e coloridos, mouse, inferface para toca discos a laser, interface para vídeo cassete, cartuchos de memória ROM com jogos e utilitários, plotter, cartão de 80 colunas, leitora de código de barras, etc..

No exterior, várias indústrias que fabricam o MSX também produzem algum tipo de periférico. Por exemplo, a Yamaha, que é conhecida mundialmente por sua atuação na área de instrumentos musicais, fabrica teclados e periféricos especiais para a elaboração de sons (contando inclusive com chips adicionais). A Sanyo fabrica um expansor gráfico que, entre outras coisas, aumenta a resolução gráfica para 512 x 204 pontos. Já a JVC e outras empresas produzem digitalizadores de imagem, que são aparelhos que digitalizam as imagens e passam-nas aos micros, onde elas podem ser trabalhadas.

Light pen, mais um periférico disponível para a linha MSX

Cabe ressaltar que inúmeras empresass fabricam robôs que podem ser conectados aos MSX e são vendidos como brinquedos no Japão, a preços acessíveis.

Um periférico comum em todos os lares é o amplificador de som que também pode ser conectado diretamente aos MSX, permitindo maior pureza e qualidade de som.

Muito popular no exterior, o modem permite a conexão dos micros entre si ou com mainframes, possibilitando a comunicação com grandes bancos de dados, emulação de terminais ou simples transferências de documentos e programas.

Outro grande trunfo desta linha de equipamentos é que, embora os periféricos sejam fabricados por muitas empresas, todos funcionam em qualquer micro do padrão MSX. Quem sai ganhando com isto é o consumidor, pois tem a sua disposição todo o universo de periféricos do mercado.

Por questão de espaço, descrevemos apenas alguns dos periféricos existentes, deixando porém o alerta de que há muitos deles à disposição, e que logo chegarão ao nosso país. Por hora, os fabricantes nacionais já prometem o lançamento de data-recorder (gravador específico para uso em informática), joystick e modem.

As mais modernas tecnologias, como o disco a laser, podem ser conectadas ao padrão MSX.

Os Jogos

O uso mais popular dos MSX, além de programas educacionais, está nos jogos. Existem dezenas (se não centenas) de games para esta linha, sendo a maior parte em cartuchos (tendência que, parece, será seguida aqui no Brasil). Essa popularidade de programas traz também uma grande variedade nos tipos de jogos, mas a maioria pode ser classificada em dois grupos: os de aventura (adventures) e os do tipo fliperama (arcade).

Os jogos mais famosos que estão no mercado de videogames foram adaptados para os MSX, com muitas melhorias, tanto na parte visual (maior número de detalhes) quanto no que se refere ao som. Além disso, existem novos jogos, principalmente no Japão, sem similares no mundo inteiro. Este é o caso dos programas feitos nos MSX que operam em conjunto com um videolaser, permitindo um grao de detalhes e animação jamais vistos até então.

Aqui no Brasil, o usuário também não terá queixas dos jogos para seu MSX: ele também vai poder contar com muitos detalhes gráficos (de formas e cor), complementados pelos efeitos sonoros dignos da família.

Estes são alguns dos jogos que já podem ser encontrados:

Pastfinder: Aventura em um deserto radioativo, entre ruínas e armadilhas de uma guerra nuclear. O jogador tem que destruir discos voadores inimigos e capturar cargas, sempre tomando cuidado com o nível de radiação que é variável. Vem em cartucho.

Polar Star: O objetivo deste jogo é destruir uma nave mãe com um míssil especial, enfrentando esquadrilhas de naves inimigas, as quais atacam inclusive pelas costas. Para ajudar o piloto, existe um radar a bordo. Vem em fica cassete.

Sky Jaguar: O jogador pilota a astronave através de esquadrilhas suicidas e armadilhas voadoras, tentando conquistar um território desconhecido. Existe um jogo similar para micros da linha Apple, mas inferior, tanto a nível visual quanto sonoro. Vem em cartucho.

Bosconian: A missão do jogador é destruir todas as naves e esquadrilhas inimigas da sua região cósmica. Em dado instante, o MSX fala "Blast-Off!". Vem em cartucho.

Rollerball: Jogo tipo fliperama. O jogador pode comandar três pares de flippers em três campos de jogos diferentes, simultaneamente. Vem também em cartucho.

Loderunner: O objetivo é escapar de um labirinto gigantesco, tendo que livrar-se ainda de terríveis inimigos, para tanto dinamitando os caminhos deles. O jogo tem 76 níveis e vem em cartucho.

Um novo padrão de games (foto abaixo) foi inaugurado com o uso dos discos a laser

O Mercado

A título de curiosidade é interessante notar que, no ano de 1984, a maior fatia do mercado japonês era dominada por quatro empresas, e cada uma produzia 10 mil MSX por mês!

A cada dia, o padrão MSX ganha adeptos em indústrias de todo o mundo. Com relação à sua aceitação no exterior (Europa e Japão), temos notícias que já foram vendidos mais de três milhões de micros!

Tudo indica que num futuro próximo, os MSX nacionais ocuparão uma fatia significativa dos mercados domésticos e educacional, hoje ainda incipiente e pouco explorados.

Provavelmente serão desenvolvidos e lançados modelos mais sofisticados nos próximos anos, apresentando características como: melhor resolução gráfica e maior memória de vídeo; light pen incorporada ao micro; unidades de disco de 3" 1/2 embutidas e 80 colunas em modo texto.

Cabe lembrar que todo e qualquer lançamento dentro da linha MSX será compatível, tanto a nível de hardware como software, com os já existentes no mercado.

Como se vê, o assunto é longo e fascinante; continuaremos, pois, com ele nas próximas edições de MS, falando sobre o BASIC da Microsoft e dos aplicativos e jogos para este novo e revolucionário padrão.

Os MSX Nacionais

Aportaram, recentemente, em nossas areias, os primeiros MSX nacionais, por intermédio de duas gigantes: Gradiente e Epcom (Sharp); a primeira com o Expert XP800 e a segunda com o HotBit HB 8000.

Expert: Fabricante: Gradiente Informática.

  • Microprocessador: Z80A com clock de 3,58 Mhz.
  • Memória residente: ROM 32Kb; RAM 80Kb, sendo 16Kb específicos para o vídeo e 64Kb disponíveis para o usuário.
  • Teclado: Destacável alfanumérico semi profissional, com 89 teclas com caracteres em português, gráficos, dez funções programáveis e bloco de comando do cursor independente.
  • Linguagem de Programação: MSX BASIC.
  • Vídeo: Processador TMS-9128NL. Modo texto 32x24 ou 40x24. Modo gráfico: 64x48 ou 256x192 com 16 cores.
  • Som: Processador AY-3-8910-A, com oito oitavas e três canais.
  • Saídas: Interface paralela Centronics, Monitor de som: Auto falante interno com contro de volume externo, Gravador: Velocidade 1200/2400 bauds, processo FSK, Vídeo: duas saídas no sistema Pal-M televisor e vídeo composto e uma saída RGB, Joystick: dois conectores frontais de nove pinos, Slots: dois slots frontais para conexão de cartuchos, expansões e periféricos. O equipamento possui também um slot localizado na parte traseira, que funciona em conjunto com um dos slots dianteiors, Tomada: possui duas tomadas suplementares para alimentação de periféricos controlados pela chave liga/desliga da UCP.
  • Alimentação: 120/220 Vac, 60Hz
  • Dimensões: UCP 420x110x280mm, Teclado 420x47x170mm, Peso: UCP 4,7Kg e teclado 1Kg

HotBit: Fabricante: Epcom Equipamentos Eletrônicos da Amazônia.

  • Microprocessador: Z80A com clock de 3,57 Mhz.
  • Memória residente: ROM 32Kb; RAM 80Kb, sendo 16Kb específicos para o vídeo e 64Kb disponíveis para o usuário. Expansão possível para 512Kb.
  • Teclado: incluído no equipamento, alfanumérico semi profissional, com 73 teclas com caracteres em português, gráficos, dez funções programáveis e bloco de comando do cursor independente.
  • Linguagem de Programação: MSX BASIC.
  • Vídeo: Processador TMS-9128NL. Modo texto 32x24 ou 40x24. Modo gráfico: 64x48 ou 256x192 com 16 cores.
  • Som: Processador AY-3-8910-A, com oito oitavas e três canais.
  • Saídas: Interface paralela Centronics, Monitor de som: Auto falante interno com contro de volume externo, Gravador: Velocidade 1200/2400 bauds, processo FSK, Vídeo: duas saídas no sistema Pal-M televisor e vídeo composto, Joystick: dois conectores frontais de nove pinos, Slots: dois slots frontais para conexão de cartuchos, expansões e periféricos, Tomada: possui uma tomada suplementar para alimentação de periféricos controlados pela chave liga/desliga da UCP.
  • Alimentação: 120/220 Vac, 60Hz
  • Dimensões: 405x68x280mm, Peso: UCP 3,3Kg

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